Você tem a impressão de que a sua bochecha anda chamando mais atenção do que seu sorriso? Saiba que você não está sozinho nessa! As bochechas são uma das partes campeãs nas reclamações do que o paciente deseja mudar na face e isso se reflete na busca, cada vez mais ampla, da bichectomia.
O procedimento cirúrgico é bastante popular, mas cheio de controvérsias, devido a mitos e por ser executado, de forma recorrente, por profissionais inaptos e não especializados. Dessa forma, achei importante explicar como funciona avaliação da cirurgia, a sua maneira de intervenção e pós-operatório.
O que é?
A operação consiste na remoção da gordura localizada nas maçãs do rosto, chamadas de “bolas de bichat”, um tecido adiposo que surge durante a infância, especificamente, durante a amamentação e que não regride, mesmo que o paciente tenha passado por um processo de emagrecimento. Essa razão se deve ao acúmulo muscular e de tecidos na face, que evolui junto com estirão do crescimento, consolidado durante o processo de transição da adolescência à fase adulta.
Ela é indicada para pacientes que manifestam desconforto com tamanho das suas bochechas e que desejam dar a face um efeito mais simétrico e afinado. A retirada das “bolas de bichat” faz com que as linhas da mandíbula e das maçãs faciais sejam realçadas, causando o famoso efeito de alongamento. Essa façanha está ligada à capacidade da bichectomia de afinar a espessura do rosto em até 70%.
Mas se engana quem pensa que ela só é indicada em casos estéticos, em algumas situações funcionais, a operação se faz necessária, como dificuldade de mastigação, infecção excessiva de aftas e bactérias e o hábito contraproducente de morder as bochechas.
Qualquer pessoa pode fazer o procedimento?
A bichectomia é contraindicada para intervir em maçãs elevadas e com desenho bem perceptível, por evidenciar a região e proporcionar desarmonia facial, dando aquele famoso efeito de “rosto mumificado”.
Em casos de doenças crônicas graves ou sob tratamentos como quimioterapia é terminantemente proibido a realização do procedimento. Gestantes ou pacientes que expressam sintomas de dismorfia corporal, são inaptos para submeter a cirurgia.
Como já pode ter lido ou ouvido de algum profissional, mudanças faciais precisam respeitar princípios básicos, como a harmonia, simetria e traços étnicos do paciente. E é devido a isso que em muitos casos, pacientes acabam tendo experiências traumáticas com a intervenção, porque realizam o procedimento com profissional não autorizado. Uma recomendação que faço sempre é que realize essa transformação estética com cirurgião especializado em face e com experiência consolidada.
Como é o pré-operatório e a operação?
A análise pré-operatória é bastante simples e é neste momento que avaliamos todos os aspectos levantados anteriormente: a necessidade funcional, se o procedimento é adequado para a sua queixa estética e se você está apto física e mentalmente para a transformação.
Entre as indicações pré-operatórias mais importantes estão:
- Ficar de jejum oito horas antes do procedimento;
- Evitar o consumo de bebidas e tabacos com 15 dias de antecedência;
- Parar o uso de medicação com ácido acetil salicílico 10 dias antes da operação.
A bichectomia é feita de forma intra oral, por meio de uma incisão simples e de pequena espessura nas bochechas, que normalmente não ultrapassam os dois centímetros de comprimento. Durante a operação, será feita uma sucção para remover parcialmente as “bolas de bichat” e do tecido adiposo excedente.
O paciente receberá uma anestesia local e a cirurgia tem cerca de uma hora de duração, essa variação dependerá da complexidade e da quantidade de sucção e tecido a ser retirado.
Cuidados pós-operatórios
Os cuidados no pós-operatório são simples e bem tranquilos de seguir. Entre as orientações de praxes, estão:
- Redobre a higienização bucal;
- Evite molhar ou descolar as suturas antes do prazo de cicatrização inicial;
- Não consuma alimentos muito duros e muito quentes;
- Respeite o repouso de 5 dias;
- Não faça exercícios físicos pesados ou que exponha o rosto a traumas antes de 30 dias.
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