A cirurgia da mama não é só coisa de mulher, sabia?

Operações estéticas ainda podem ser vistas como desejo exclusivo do universo feminino, mas eu preciso te alertar: essa ideia está cada vez mais ultrapassada. Principalmente quando falamos das regiões campeãs na procura por mudanças – região torácica e abdominal. No público masculino, a campeã de busca é a ginecomastia. 

A cirurgia consiste na diminuição da mama masculina, um problema que impacta cerca de 30% dos homens brasileiros. Causado pelo crescimento anormal da glândula mamária, a condição é provocada pela proliferação benigna hormonal, devido ao aumento da produção de estrogênio no organismo. Vale destacar que ele pode ser temporário ou permanente, e pode surgir em qualquer faixa-etária.

Entre as situações e quadros que ocasionam o problema estão:

  1. Uso de anabolizantes;
  2. Consumo de substâncias ilícitas;
  3. Obesidade;
  4. Má alimentação;
  5. Surgimento de tumores nos testículos;
  6. Insuficiência renal e/ou hepática;
  7. Tratamentos hormonais femininos.

Como funciona a ginecomastia?

A recomendação da cirurgia é feita após o tratamento convencional não regredir o crescimento mamário anormal e somente homens que completaram o estirão ou estão em fase adulta podem fazer a ginecomastia.

O procedimento consiste em pequenas incisões na mama, feitas na parte inferior da aréola para retirar das glândulas e a gordura excedente na região.

A operação dura em média três  horas, podendo variar conforme a complexidade do quadro do paciente. O método anestésico é escolhido de acordo  com as condições clínicas, sendo possível utilizar anestesia local, peridural ou geral.

Uma dúvida frequente é se a ginecomastia pode deixar cicatrizes, e a resposta é sim! No entanto, vale ponderar que ela é bem discreta e é comum que chegue a ser imperceptível, principalmente porque é feita com pequenos cortes, em uma região que raramente chama atenção.

O pós-operatório

A recuperação da ginecomastia é tranquila e de pequena complexidade. Comumente o paciente fica no máximo 24 horas hospitalizado e passa a ficar entre 15 a 20 dias de repouso sob prescrição médica.

Entre as orientações pós-cirúrgicas importantes estão:

  1. Usar colete cirúrgico por 45 dias;
  2. Evitar exposição solar por 60 dias;
  3. Não se expor a altas temperaturas nos 30 dias iniciais após operação;
  4. Fazer exercícios físicos bem leves, como caminhada ao redor da casa;
  5. Não fazer esforço físicos, como levantar os braços;
  6. Seguir  uma dieta com alimentos leves e naturais.

Devo pontuar a importância de não utilizar medicações sem prescrição do seu cirurgião. Isso pode acarretar em uma má cicatrização e corroborar para o surgimento de quelóides e/ou hipertrofia.

Uma dica plus que dou em todas as operações que realizo é a necessidade de fazer drenagem linfática, por ser uma aliada inquestionável para que a cicatrização seja feita sem muitas dores e da maneira mais ideal possível.

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